Na gestão estratégica são consideradas várias fases de atuação e porque devemos entender cada uma delas para uma boa execução do planejamento.

Imagine que, num concerto, você é o maestro e precisa reger todos os músicos, com instrumentos diferentes, tons diferentes, habilidades diferentes e, cada um deles, entregará resultados diferentes individualmente, mas, no contexto coletivo, fazem uma obra de arte.

Nos negócios, embora o resultado não seja artístico, é também digno de uma regência. O planejamento, o olhar e o ouvido atento farão enorme diferença. É aí que entra a gestão estratégica, cujo objetivo é orquestrar todos os recursos e tomar decisões conscientes.

Neste blog, vamos falar sobre a gestão estratégica e os quatro tipos existentes. Os quatro tipos que impulsionam empresas em diferentes estágios são:

• Estratégia de Sobrevivência, quando em situação de desafio ou crise.
• Estratégia de Manutenção, quando precisamos estabilizar questões.
• Estratégia de Crescimento, quando imputamos ações inovadoras.
• Estratégia de Desenvolvimento, quando queremos dominar novos mercados e tecnologias.

Mas, primeiro, vamos revisar o que é a gestão estratégica

A gestão estratégica é um processo cíclico que se divide em cinco etapas essenciais:

A primeira delas é a análise, fase em que mergulhamos em um estudo aprofundado do negócio, seus pontos fortes e fracos, as oportunidades e ameaças do mercado, e os principais stakeholders. Utilizar ferramentas como análise SWOT e PESTLE para traçar um panorama completo podem ser bastante úteis.

Em seguida, podemos definir objetivos, estabelecendo metas claras, mensuráveis e atingíveis, alinhadas à visão de longo prazo da empresa. É necessário comunicá-las de forma eficaz para toda a equipe, inspirando e engajando colaboradores.

Estando tudo ok, podemos partir para a terceira etapa, que é a formulação de estratégias, criando um plano de ação detalhado, definindo as iniciativas e ações necessárias para alcançar seus objetivos. Explore diferentes alternativas, considerando os riscos e potenciais recompensas.

A seguir, entramos com a implementação, colocando o plano em prática, mobilizando recursos e engajando toda a equipe. Vale monitorar o progresso de perto, fazendo ajustes quando necessário, e, por fim, avalie e controle, acompanhando resultados de forma contínua, utilizando indicadores de desempenho (KPIs). 

Agora, vamos às estratégias de gestão

As estratégias empresariais funcionam como guias para organizações em sua jornada de crescimento e sustentabilidade. Ao compreender as diferentes nuances de cada estratégia, podemos tomar decisões mais conscientes e entender nos desafios as oportunidades do mercado.

1. Estratégia de Sobrevivência

A Estratégia de Sobrevivência entra quando a empresa enfrenta condições como crises econômicas, alta concorrência ou perda significativa de market share. Nesses momentos desafiadores, o foco principal se volta para a redução de custos, com diminuição de gastos desnecessários para manter a viabilidade da empresa. Isso pode envolver medidas como renegociação de contratos com fornecedores e otimização de processos internos.

Também será necessário utilizar otimização de processos, buscando a eficiência máxima em todas as etapas da operação para reduzir custos e melhorar a produtividade, e a reestruturação da dívida: renegociar prazos, taxas de juros e condições de pagamento de dívidas pode aliviar o fluxo de caixa da empresa e dar fôlego para enfrentar os desafios imediatos. Tal estratégia deve ser bem pensada e estar alinhada ao planejamento estratégico.

2. Estratégia de Manutenção

A Estratégia de Manutenção visa consolidar a posição da empresa no mercado, defendendo sua participação e otimizando seus resultados. Essa estratégia se concentra em:

• Inovação: aprimorar continuamente produtos, serviços e processos existentes é fundamental para manter a competitividade e atender às expectativas dos clientes em constante evolução.
• Fortalecimento de marca: investir na construção de uma marca forte e reconhecida no mercado contribui para fidelizar clientes, atrair novos talentos e aumentar o valor da empresa.
• Fidelização de clientes: criar relacionamentos duradouros com os clientes é essencial para garantir um fluxo de receita constante e previsível. Isso pode ser feito através de programas de fidelidade, atendimento personalizado e ofertas exclusivas.

A Estratégia de Manutenção garante a estabilidade da empresa e a prepara para o próximo salto: o crescimento.

3. Estratégia de Crescimento

A Estratégia de Crescimento busca expandir as operações para novos mercados, produtos ou serviços, impulsionando o aumento da receita e do valor da organização. As principais ferramentas para alcançar esse objetivo são a compra de empresas já estabelecidas em mercados ou segmentos de interesse que pode acelerar o processo de crescimento e fornecer acesso a novas tecnologias, expertise e base de clientes.

Já as Joint Ventures são parcerias estratégicas com outras empresas, compartilhando recursos, riscos e conhecimentos, além de abrir portas para novos mercados e oportunidades. Também contribuem com a Estratégia de Crescimento, a disponibilização de novos produtos que atendam às demandas quentes do mercado para se manter à frente da concorrência e conquistar novos clientes, e, expansão, quando levar a marca e os produtos para novos países ou regiões pode representar um enorme potencial de crescimento, exigindo um planejamento cuidadoso e adaptação às diferentes culturas e regulamentações.

4. Estratégia de Desenvolvimento

A Estratégia de Desenvolvimento visa alcançar a liderança no mercado através de pesquisa e desenvolvimento, investindo pesadamente no desenvolvimento de novas tecnologias e soluções inovadoras para se manter à frente da concorrência e criar produtos e serviços disruptivos. No pano de fundo, o conceito de inovação disruptiva deve ser sempre levantado.